Com a
evolução da adoção das práticas de Gestão da Qualidade Total iniciados
no Japão após a segunda guerra mundial os conceitos de qualidade foram
divididos em quatro fases:
Qualidade como “Adequação ao Padrão”:
Essa é a
qualidade da conformação obtida basicamente por meios de
inspeção.
Esse conceito parte do
pressuposto de que o projeto está adequado às necessidades dos clientes, logo a
qualidade deve, simplesmente, seguir as especificações de projeto.
Podemos evidenciar esse conceito de qualidade nos processos de inspeção de recebimento de peças, inspeções durante os processos de fabricação ou inspeção final do produto. Desde que essas inspeções sejam executadas usando como base um Plano de Qualidade.
Qualidade como “Adequação ao Uso”:
Nessa
fase o foco era a qualidade do projeto de forma a assegurar as necessidades
reais dos clientes e não aquilo que os projetistas pensavam. Porém a
qualidade ainda era obtida basicamente pela inspeção, o que
levava a ter elevados custos de qualidade.
Nessa
abordagem, o que faz com que o consumidor adquira o produto é a certeza de que
ele irá satisfazer suas necessidades;
Qualidade como “Adequação ao Custo”:
Para
esse conceito a qualidade deve atender as reais necessidades dos clientes
combinada com custos reduzidos.
Faz-se necessário obter
alta qualidade combinada com baixos custos.
Qualidade como “Adequação as Necessidades Latentes”
Esse conceito busca a
concepção de produtos ou serviços que venham a satisfazer as necessidades dos
clientes as quais eles ainda não têm consciência plena que as mesmas
existiam. Seria algo como prever o que o cliente poderia querer antes
mesmo dele manifestar tal necessidade.
Alguns conceitos modernos da
qualidade
Qualidade considerada como algo abstrato
- Nem sempre os clientes sabem
definir seus desejos com relação a qualidade
- Nesse caso a Gestão da Qualidade poderia
criar mecanismos para influenciar nas preferências e necessidades dos
clientes;
- A empresa deve se aproximar mais do
mercado e conhecer seu público alvo;
- Oferecer opções que o cliente não conhece
e que pode estar em linha com suas necessidades;
- Usar os canais de comunicação para
facilitar essa aproximação;
Qualidade considerada como absoluta falta de defeitos
- Qualidade é vista como “perfeição”
- Sabemos que, “estatisticamente”, absoluta falta de defeitos não existe... Porém, nesse caso a Gestão da Qualidade poderia investir na melhoria do processo produtivo para reduzir ao máximo o aparecimento de falhas (uso de CEP), além de aumentar os prazos de garantias;
Qualidade nunca se altera
- Pode-se considerar que um
produto tenha qualidade porque ele nunca se altera com o passar do tempo
- Nesse caso a Gestão da Qualidade deve
investir na permanência de produtos que são efetivamente de agrado dos
consumidores já há algum tempo;
- Trabalhar para manter a fidelidade dos
clientes;
Qualidade como aspecto subjetivo
- Nesse caso a Gestão da Qualidade poderia
desenvolver processos em que o cliente interfira na produção de bens e
serviços da empresa tornando-o mais adequado as suas necessidades.
- Nesse caso a Gestão da Qualidade deve investir em processos produtivos mais confiáveis.
- Muitos restaurantes ou supermercados costumam dividir a área da cozinha ou açougue com parede de vidro de forma que os clientes possam acompanhar o processo produtivo.
Qualidade como diversidade de opções
- A gestão da qualidade investindo no
aumento das faixas de atuação da empresa no mercado;
- Um produto alimentício
apresentando diversas versões; light, diet, zero gordura trans, em porções
menores, tamanho família, etc.
- Um produto de limpeza
apresentando diversas versões; Limpeza pesada, sem cloro, desengorduraste,
etc.
Bibliografia:
Paladini,
P. Edson. Gestão da Qualidade: Teoria e prática. 2ª. Edição. Atlas.
http://www.qualidadebrasil.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário